Nicéas Romeo Zanchett Romeo
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RAFAEL - Biografia

02 de Julio del 2018 a las 19:48:16 0 Leído (587)

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Rafael nasceu em Urbino, pérola da Úmbria, em 1483, quando Luciano Laurana já edificara seu magnífico palácio da Senhoria, que Piero Della Francesca embelezou com afrescos. Sua mãe, Magia Ciarla, ensinava-lhe a ler e a escrever, mas o interesse maior do menino era constituído pelo atelier paterno. Aqui nasceram seus primeiros sonhos vendo o pincel ligeiro do pai correr pelas telas. Dizem as crônicas - mas não seria talvez uma lenda? - que Rafael, graciosa e brejeiramente interrogado por Elizabeth Gonzaga, espôsa de Guidobaldo, sucessor de Frederico, no ducado de Montefeltro, quanto à profissão ou arte que ele escolhera, ao tornar-se adulto, respondera: "A arte de meu pai."
Disso muito se rejubilou o pai, que o desejava pintor. E, quando viu uma pequena tela do filho, em que se librava um anjo, não mais teve dúvidas. Foi seu primeiro mestre, mas por pouco tempo. Aos onze anos Rafael, que aos sete perdera a mãe, ficou órfão também do pai. Passou a trabalhar com Viti, pintor igualmente medíocre. Mas deste e dos demais pintores, que afluíram ao atelier, das obras dos mestres existentes no palácio ducal, Rafael aprendeu e assimilou as experiências marquesãs, vênetas,emilianas, que continham em si uma humanidade sadia, florida, e descobriu aquela graça opulenta que jamais o abandonaria. E isso nos dizem seus quadros dessa época, a rósea e pacata compostura das "Graças", as florescentes figuras juvenis do "Sonho do Cavaleiro" e a "Coroação da Virgem". O Duque Guidobaldo, em suas frequentes visitas de mecenas e protetor ao atelier do pintor, viu que o jovem Rafael muito se distinguia na arte. Aos catorze anos, não só o atelier do Viti, mas também Urbino já eram pequenos para o mocinho. Até Urbino chegara a fama de um pintor, que já era bastante famoso na Prúcia, chamado de Perigino, por ter nascido na Cidade de Pieve. Uma estima universal cercava-o, passando por ser o primeiro pintor da Itália. E, nessa escola, Rafael se formaria, copiando a princípio os cartões do mestre, com tamanha perícia que quase podiam ser confundidos com as obras deste, e tanto se destacou que o Perugino o escolheu como ajudante, preferindo-o a pintores mais idosos. Depois começaram as primeiras encomendas em seu próprio nome. E no contrato para decorar um altar das igrejas de Santo Agostinho, em Cidade do Castelo, o nome de Rafael precede ao do Perugino.
No "Casamento da Virgem (1504)", sua maturidade de artista já estava alcançada. O sonho de Rafael, como o de qualquer pintor do século XV e dos primeiros anos do XVI, é Florença. Roma só muito mais tarde se tornaria a corte das artes, quando diversos fatores fariam afluir para ela os melhores e os mais eleitos espíritos italianos.
Em Florença,Leonardo pintara a Gioconda. Aquilo foi para Rafael o mesmo que entrar em viva luz. Como não ser atingido por ela? Certamente, o retrato de Madalena Doni - esposa de Ângelo Doni, que Rafael retrataria mais tarde - possui a aitude de Gioconda: a mulher está sentada com admirável compostura, as mãos cheias de anéis cruzadas no braço da ,poltrona; as paisagens das Madonas tem uma vaga semelhança com as de Leonardo, nos lábios das Madonas de Rafael passa um tênue sorriso, mas quão diferente do enigmático, misterioso sorrir da Gioconda! Se um sorriso aflora de uma Madona de Rafael, este sorriso não a isola de nós, envolvendo-a em mistério, pois até a torna mais humana, mais mãe, aproxima-a de nós. E suas mais belas Madonas são justamente aquelas onde o íntimo motivo de amor se tornar mais sentido, como naquela do "Grão-Duque" ou naquela de "Casa Tempi".
Não era a primeira vez que Rafael ia a Florença. Ali já estivera em 1504, e fora apresentado ao iluminado "Gonfaloniere" da república, Pier Soderini, por Joana Feltre, duquesa de Sora, com palavras de encantada admiração, dignas de um mestre antigo. Hospedou-se, na verdade, na mansão dos Nasi e dos Pitti, que frequentou, sempre admiradíssimo e procurado pelas mais conspícuas famílias florentinas. Começaram a chover as primeira encomendas de retratos. Não demorava muito em Florença. Voltava frequentemente ao atelier do Perugino, ao qual, depois da morte do pai, ficara ligado por soladíssima afeição, e à nativa Urbino, embora nenhum interesse familiar o mantivesse ligado à sua terra natal. De seu regresso a Perúsia, faz fé uma obra: "A decida da Cruz". O movimento que invade toda a composição faz pensar que o ensinamento de Miguel Ângelo não estava perdido. Como diferente aparece esta obra da suave doçura, toda úmbria, de suas madonas, de seus retratos florentinos, das Graças de difusa ´primaveril caridade!
Rafael já está maduro para a grande e empreendedora experiência romana. O atelier de Baccio d'Agnolo e os pintores que ali se reuniam, os dois Sangallo, Julião e Antônio, o Sansovino, os meigos amigos, serão o viático afetuoso que o acompanharão na grande prova. Quem o chamou a Roma? As crônicas não nos dão notícia segura. Bramante, que era seu parente, - de fato, ao chegar a Roma, Rafael foi hospedar-se em casa dele - talvez o Perugino, que o Papa Júlio II chamara para pintar o Vaticano, lembrando de seu grande discípulo. Talvez o genial Miguel Ângelo, que muita consideração demonstrara a respeito do jovem Rafael. O Pontífice recebeu-o benevolamente. Seu grande palácio estava, em muitas partes, recoberto de cal; e ele ambicionava que fosse um monumento eterno de beleza. Mandou-o executar alguns afrescos, para uma sala, depois denominada da Segnatura, onde o Papa escrevia suas cartas aos príncipes. Ali, já haviam trabalhado artistas famosos, tais como Perugino, Pinturicchio, Sodoma. Mas Rafael, o mais jovem pintor, o último a participar daquela nobilíssima competição de engenhos, não se assustou. Como era sua natureza, atirou-se logo ao trabalho e começou a pintar uma abóbada. O próprio tema a enfrentar é de uma grandiosidade admirável. Rafael exalta, na abóbada e nos afrescos, as grandes forças morais que dominam a Vida: a Teologia, que explica os milagres da fé, a Filosofia, que procura a razão das coisas, a Poesia, que embeleza a vida, o Direito, a quem cabe manter a ordem em toda a atividade humana. J´[a havia esses temas quando, aos dezesseis anos, pintava afrescos no forro do palácio da Senhoria de Perúgia. Mas como são diferentes estas figuras daquelas da perusiana Fortalezada Scala del Câmbio!Rafael transcorreu dois anos nesse imane trabalho. As Salas estão terminadas. E terminada está a "Sistina". É no dia 4 de agosto de 1511. As salas abrem-se ao Papa e sua corte. Júlio II já está velho, curvo, apoiado ao bastão, com o qual, certa vez, ousara bater em Miguel Ângelo; percorreu-as, mudo, embevecido. Sua corte acompanhava-o, tomada da mesma admiração. Finalmente, o Pontífice voltou-se para Rafael, louvou-o bastante e ordenou-lhe - com aquela autoridade que le armara o braço em Bolonha, e que realizara o poderio do papado, que desejara a Basílica de São Pedro - que acabasse as Salas. Qualquer outra pintura deveria ser destruída, e as paredes novamente pintadas de cal. Grande espanto causaram as palavra firmes do Papa. E, para Rafael, as palavras do Pontífice foram bastante amargas. Como poderia ele, tão jovem, destruir os afrescos de Sodoma, de Pinturicchio e de Perugino, este, especialmente, seu mestre? Novamente Rafael se atira ao trabalho. Encontra-se na plenitude de sua arte, e não tem mais do que trinta anos. Uma nova força expressiva o invade. Uma cor mais densa, uma luz mais dramática. É a luz que cria os planos na admirável "Caça de Heliodoro no Templo". Também aqui há um templo grandioso, mas quanto parece mudado em relação à escola de Atenas, templo de filósofos e de sabedoria! Todo argumento sacro, profano ou mitológico é argumento válido para Rafael e transforma-se, em suas mãos, pelo fervor de sua inspiração, numa obra altamente admirável. Mas Júlio II, que tanto amara Rafael e sua obra, não pode ver as Salas concluídas, porque a morte o colheu. Desaparecido seu grande protetor, mesmo assim não se extinguiu a sorte de Rafael. Leão X, o Papa que sucedeu a Júlio II, incumbiu-o de executar outras obras, entre as quais a decoração das lojas vaticanas, de incomparável beleza.
Dada sua grande e alta competência, o Papa Leão X nomeou-o superintendente das antiguidades, cargo ambicionado, mas que veio furtar também aquele pouco de tempo que ainda restava a Rafael. choveram-lhe encomendas de toda parte. Não havia família que não desejasse ter um quadro, um retrato de autoria do mais aclamado pintor que Roma da época hospedou. Entretanto, Rafael continua no Vaticano a exaltar, em suas salas, a glória e os fastos do papado. Entre os particulares, para quem trabalhou, conta-se Agostinho Chigi, o grande mercador sienense, e foi tratado de igual para igual por príncipes e chefes de repúblicas. Entre tanto fervor de obras, tem ainda tempo para dedicar-se à Arquitetura, executando, segundo Vasari, algumas inovações técnicas de Bramante. Leão X nomeou-o arquiteto de São Pedro, quando morreu Bramante. Nesse ínterim florescia um suave amor. Não se conhece o nome dessa gentil mulher. Primeiro à tradição, depois à história, passou não um nome, mas um meigo rosto: "A Fornarina". Parece que a vida toda de Rafael tenha sido uma contínua apoteose, e que jamais magoa alguma tenha vindo perturbar-lhe a serena vida. Mas o drama que somente a impotência e a velhice reserva aos sumos e grandes artistas, Rafael sofreu-o em pleno vigor de suas forças. A fim de não apresentar recusas às contínuas encomendas, só lhe restava confiar, quase que completamente, nos colaboradores, e nem todos eram como o amadíssimo Júlio Romano. As obras que neste período saem do atelier de Rafael, muitas vezes, dele possuem apenas a assinatura. Desaparecida e transviada fica sua primitiva intenção, ofuscando seus dotes de harmonioso colorista, canceladas por um desenho muito pesado suas rítmicas imagens. A dor de não poder evitar esse grande esfacelamento foi a única e verdadeira mágoa de Rafael, dor que, surdamente, secretamente, o minou.
Em 16 de abril de 1520, na idade de 37 anos, Rafael morre.
Faia oito dias que a angustiava uma maléfica e permanente febre. Sua morte foi um luto para Roma e para o mundo. Sepultaram-no na "Rotonda" sob o altar da "Madona del Sasso". Morreu abatido pelo longo e febril trabalho, como jovem era sua mãe ao morrer, como ainda criança perdera um irmão, como o pai, apenas com quarenta anos, lhe viera a faltar. Os discípulos puseram-lhe junto ao túmulo sua última obra, a "Transfiguração", e Vasari escreveu que: "ao ver o corpo morto e aquela viva, fazia a alma explodir de dor a todos quantos ali os contemplavam".
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Nicéas Romeo Zanchett




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